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16 de novembro de 2010

Teatro – Consciência Negra

Personagens :

Professora Ruthe;
Jorge (pai de Lia);
Joaquim (pai de Bia);
Lia;
Bia;


Cena 1 – Lia destrata Bia por ela ser negra.
Bia deixa seus materiais em cima da carteira e sai da sala. Lia, então, lança seus materiais no chão e coloca os seus no lugar de Bia. Quando ela chega e vê suas coisas no chão e outra mochila no lugar começa a confusão.

Bia – Mas o que é que aconteceu aqui? De quem que é essa mochila? E quem jogou minhas coisas no chão?
Lia – Para que tantas perguntas, menina? Eu só acho que você não tem o direito de sentar na primeira carteira. O primeiro é o MEU lugar!
Bia – Eu não vi nenhum nome escrito nessa carteira. E por que eu não posso assentar aqui?
Lia - Eu não te devo satisfações. Para mim você nem deveria estar nessa faculdade. Isso aqui não é lugar pra qualquer um.
Bia – O quê que eu fiz pra você me odiar tanto?
Lia - Chega de papo. Já perdi muito tempo com você. Vai lá pra trás que é o seu lugar.
A professora Ruthe chega e percebe o desentendimento.
Ruthe – O quê que está acontecendo aqui? É uma briguinha entre duas adolescentes?
Bia – É essa garota que jogou minhas coisas no chão pra colocar as dela. E disse que eu deveria me assentar lá atrás.
Lia - Mas é claro que sim. Eu vou me sentar aqui e o lugar dela é lá.
Ruthe – Mas por quê?
Lia – Por que sim.
Ruthe – Eu vou chamar os pais das duas aqui. Iremos resolver isso rapidamente.

CENA 2 – Os pais de Lia e Bia chegam à escola atendendo o chamado da professora Ruthe.

Ruthe – Olha senhores eu os chamei aqui para falar sobre uma briguinha que suas filhas tiveram hoje. Tudo por causa de uma carteira.
Joaquim – Mas como é que aconteceu exatamente?
Ruthe – Olha quando eu cheguei na sala a Bia estava dizendo que a Lia havia jogado suas coisas no chão para ficar com o seu lugar.
Joaquim – Mas foi assim mesmo que aconteceu?
Bia – Foi sim pai a própria Lia me disse que tinha feito isso.
Ruthe – O que você acha de tudo isso Jorge?
Jorge falando ao telefone – Mas eu sei que ele é capaz de fazer isso. Não disso eu já não sei...
Ruthe o interrompe.
Ruthe – Senhor Jorge eu lhe fiz uma pergunta.
Jorge – Hã...Qual...?
Ruthe – O que você acha de tudo isso?
Jorge (fala desajeitado) – Ah é um absurdo!
Volta a falar no celular.
Joaquim – Qual é o motivo que te leva a pensar que a minha filha não pode sentar aqui?
Lia – Ela é negra. Deve sentar lá atrás.
Joaquim – Isso que é um absurdo.
Jorge – Ta vendo eu tenho razão.
Bia – Isso é crime. Sua racista!
Lia – Você que é estranha.
Joaquim – O senhor não vai falar nada sobre o que a sua filha disse?
Jorge – O quê? Ah, pare com isso Lia é muito feio.
Ruthe – Já chega! Lia se desculpe com a Bia, agora.
Lia – Eu não...
Bia – Não tem problema professora. De pessoas assim nós temos que ter pena. Com certeza ela é assim porque o pai dela não te tempo pra ela. Daí ela vem descontar nos outros. Eu a pedoou.
Lia sai correndo e chorando da sala.
Ruthe – Senhor Jorge... Sua filha se foi.
Jorge – Hã? Minha filha... Ah sei... Lia...
Joaquim diz para a filha – Olha filhinha independente do que os outros pensem eu sempre te amarei querida. Você é muito especial pra mim. Saiba que por onde houver discriminação eu estarei com você para ajuda-la a superar essa covardia.

Ruthe diz ao público – A Consciência Negra é um movimento muito importante para a sociedade hoje. Respeite seu próximo, pois o que vale nele é o seu caráter e não sua cor de pele.

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