Páginas

16 de novembro de 2010

Terror da noite


O ar sopra seu vento frio
E remove as cinzas do chão
Vejo um regato, a brisa me beija
Meus pés caminham desde a poeira
De ossos secos, queimados ao fogo
Viro, reviro, retiro
O crisântemo que a chuva regou
Sepulta os olhos enfadados
Que se fecharam para o medo
De se erguerem na sinistra noite
Lar da escuridão ferida pela luz
Alva como lã que aquece as mãos
Os ladrilhos são pisoteados
Pela soberania da majestade
Das estrelas mais reluzentes
O brilho da lua cessa-se
Não há mais aquela visão
Fora delimitada pelo escuro
O senhor da noite
O arrepio dos olhos atentos
Selados estão os sonhos
Dos inocentes seres pequeninos
Que caminham errantes
E sozinhos pelas veredas
Perversas e sombrias
Desenhadas pelas mãos do terror
Salvem-se, almas condenadas
Tenho somente o poder de observar
O pânico no respirar ofegante
E o medo no semblante notório

Nenhum comentário:

Postar um comentário